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segunda-feira, abril 22, 2013

A relação peso/potência

Uma das coisas que aprendi quando se compara modelos e marcas é que não é só a potência do motor que deve ser avaliada. Na hora da escolha da sua nova moto não deixe de avaliar a relação peso/potência dos modelos da sua wish list.
O mercado brasileiro de motocicletas está muito concentrado na categoria das pequenas, motos que vão até 300cc de capacidade volumétrica do motor, mas preferi colher informações de uma outra faixa: a de média/alta cilindrada com modelos de 600 a 1000cc.
Como esse é o mercado que mais cresceu proporcionalmente no país, nada mais interessante que avaliar os modelos das mais importantes marcas que o compõem. Os valores foram retirados dos sites das montadoras e dos modelos standard, ou seja, sem o freio ABS, quando o modelo não apresenta o sistema de série.

Veja a pequena tabela comparativa:
Tabela comparativa. Avaliar só a potência nem sempre é o melhor método.

Entre as motos de 1000cc a que apresenta a melhor relação é a Z1000 da Kawasaki, seguida de muito perto pela Speed Triple da Triumph. No andar de baixo o modelo que apresenta a melhor relação é a inglesa Street Triple - que chega às concessionárias da marca a partir do próximo mês-, seguida pela Honda Hornet e XJ6 da Yamaha que apresenta o pior índice entre as listadas. Já no meio da faixa a "vencedora" é a FZ8 da Yamaha, moto que espero não demorar muito a pintar nas lojas do Brasil. Ela vem seguida pela recém chegada GSR750A da Suzuki que ficou a frente da Z800 da Kawasaki. Em último lugar da faixa central vem a BMW F800R.
Essas motos tem preços entre R$33.000,00 e R$47.000,00 de acordo com o que está publicado nos sites das montadoras, assim, tem motos para todos os gostos e bolsos.
Todos os modelos listados tem grande chance de ocupar uma vaga na minha garagem. :-)
Umas mais que outras...

Siga tomando Vento no Rosto e viva feliz.


quinta-feira, março 21, 2013

As pequenas mais seguras


Os automóveis mudaram muito nas últimas duas décadas com a entrada no mercado brasileiro dos veículos importados. Hoje qualquer modelo popular dispõe de equipamentos que há vinte anos eram considerados opcionais.
Moto com visual mais atraente
Já as motocicletas não evoluíram tanto, sobretudo as menos potentes. Ainda hoje encontramos versões que contam com freios a tambor, carburador, partida a pedal. A justificativa mais plausível para essa situação é a falta de uma concorrência mais forte para a Honda - líder absoluta na venda de motocicletas entre 100 e 150 cilindradas. 

Modelos mais baratos que já vem equipados com freio a disco nas rodas dianteiras e traseira, partida elétrica, marcadores de combustível são oferecidos apenas pelas marcas chinesas. Mas, a falta de qualidade das peças e a precariedade do pós venda desestimulam a compra destes modelos.

O cilindro de freio ocupa o lugar da caixa de ferramentas
Quem lucra com esta realidade é a indústria de motopeças. Muitas empresas tem lançado peças, equipamentos e acessórios que possibilitam o incremento de versões básicas das duas principais marcas de motocicletas instaladas no país.
Manoplas coloridas feitas de material mais confortável, rodas de liga leve, painéis digitais, manetes reguláveis são facilmente encontradas nas lojas de peças para motos e a demanda cresce a cada dia. O apelo estético é o principal atrativo desses produtos, mas, a melhoria do desempenho e a segurança também importam para o consumidor. Exemplo disso é o kit de freio a disco dianteiro para modelos que não contam com este sistema. 


Cilindro, pinça, pedal, pastilha e suportes compõem o sistema.

Recentemente, a Scud - empresa nacional que desenvolve seus produtos no Brasil e os produz na China - lançou um sistema de freio a disco traseiro para o modelo Titan 150 da Honda, que é acompanhado por um par de rodas de liga leve bastante semelhante ao modelo original e idêntico ao modelo já comercializado pela empresa. 


Para realizar a instalação, não é preciso fazer alterações na estrutura da moto e o tempo para montá-lo é pequeno. A única mudança necessária é a retirada da caixa de ferramentas, que cede o lugar para o cilindro de freio.

Par de rodas de liga leve que acompanha o sistema.

As peças utilizadas são específicas para um sistema de frenagem de roda traseira, sendo o conjunto de pastilhas adequado, facilmente encontrado em lojas de motopeças, de simples instalação e mais barato que uma sapata de freio convencional.

O equipamento torna o visual da motocicleta mais esportivo e chama a atenção por onde passa. Para o mecânico Roberto Rodrigues Cruz Júnior, o Betinho, o apelo visual foi o principal motivo para adquirir o produto mas, com a instalação do sistema, o freio traseiro ficou bem mais eficiente do que o original a tambor. Depois que o disco aquece é muito melhor que o freio a tambor, diz Betinho.


Disco de freio instalado diretamente na roda.
De acordo com Gilson Pereira Junior, desenvolvedor de produtos da Scud, o sistema passou por dois anos de desenvolvimento e testes de rua antes de ser lançado. "Vários motociclistas escolhidos pela SCUD testaram e aprovaram o produto", ressalta Pereira Júnior. O preço para venda no varejo não é tão atrativo quanto o produto, mas os cerca de 750 reais cobrados não é nenhum absurdo, já que ele vem acompanhado pelo par de rodas. 

Se por um lado esse "combo" motiva os donos de Titans 150 com rodas raiadas, por outro desestimula os proprietários do modelo já equipadas com rodas de liga leve. Um kit apenas com a roda traseira - onde é fixado o disco de freio - seria mais barato e resolveria o dilema de comprar uma roda dianteira sem necessidade.

Quanto ao lançamento do produto para outros modelos da Honda e da Yamaha, a empresa confessa ter outros projetos e possibilidades em desenvolvimento. Para os proprietários de motocicletas - cada vez mais exigentes - itens como partida elétrica, freios a disco e injeção eletrônica estão deixando de ser opcionais. 

Enquanto as grandes montadoras ainda não concordam com isso, a indústria de peças de reposição, acessórios e equipamentos para motos lançam produtos e atendem a demanda do consumidor.



Esse texto também foi publicado no portal Motonline onde eu e o Gustavo também somos colaboradores.