Recentemente
lançada na Europa para substituir seu sucesso de vendas por lá, a Kawasaki Z800
trás melhorias em relação à Z750. Além de mudanças no visual e um melhor
acabamento do escapamento abaixo do motor que, na Z750, era horroroso, até a
suspensão traseira foi melhorada com o uso do alumínio na balança, o que foi
feito com a Z750R na Europa mas não chegou em nossas terras.
Com mais
potência e torque, a nova moto peca em um detalhe que, nessa categoria, é muito
valioso: o peso.
Com chassi
confeccionado em aço o peso total do modelo de 229KG (231 com ABS) é maior, por
exemplo, que o da Honda CB1000R com 204KG (208 com ABS). Até mesmo sua irmã
Z1000 está mais leve com seus 218KG. O peso da CB1000 no site da Honda do
Brasil é diferente do site da Honda na Inglaterra, onde sua ficha técnica
apresenta 222KG. Mas, mesmo se considerarmos a informação do site britânico,
ainda assim a CB1000 é mais leve que a Z800.
O uso do
alumínio nos chassi das motocicletas ainda tem sido pequeno. Somente motos mais
“especiais” utilizam esse elemento em sua composição. O material é mais caro
que o aço e os custos refletem diretamente no preço final do produto, porém, o
caso dos modelos da Honda – CB1000 e CB600 Hornet – mostra que o investimento
vale a pena. Com algumas exceções, a Hornet é líder de vendas nos mercados onde
é oferecida justamente por esse diferencial. Assim, o investimento em um chassi
de alumínio foi recompensado com os números de venda mundo afora que trouxeram
o retorno esperado.
Motos com
chassi de alumínio são muito mais prazerosas de pilotar, mais ágeis e seguras
quando levadas ao limite. E a lista de modelos que utilizam esse material em
sua confecção está aumentando no Brasil. Recém chegada por aqui, a Triumph
monta suas nakeds Speed e Street Triple e sua esportiva Daytona com chassi de
alumínio, traduzindo em modelos mais leves, resistentes e com mais facilidade
para atingir o limite na pilotagem.
Uma pena a
Kawasaki não atualizar a sua naked média já que usa o alumínio na Z1000. Uma
falha dos engenheiros e projetistas da Casa de Akashi que o mercado pode não
perdoar.
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