sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Hino Nacional - 100 anos da letra de Duque Estrada

Recentemente o Jornal da Band exibiu matéria sobre os 100 anos da letra do nosso Hino. E como não podia deixar de acontecer em matéria sobre o hino, a reportagem foi às ruas verificar se as pessoas sabiam a letra. E, mais uma vez, como não podia deixar de ser, foi mostrado somente aquelas pessoas que não sabiam.

O repórter cometeu até o “pecado” de sugerir uma atualização da letra do hino, substituindo palavras em desuso por outras mais conhecidas da população. Ora bolas, a matéria deveria sugerir mais civismo, principalmente na educação de base, para as crianças crescerem com mais conhecimento, tanto da letra quanto do significado das palavras. Coisa que nenhum governo, até hoje, se preocupou em fazer, até porque, os governos “democráticos” que tivemos ultimamente devem ter em mente que civismo é coisa dos tempos dos militares. As vezes dá saudade desse tempo.

O comentarista Joelmir Beting sugeriu aos institutos de pesquisa que fizessem uma apuração para demonstrar quantas pessoas sabem a letra. Ele também brincou com os apresentadores – Ricardo Boechat e Ticiana Villas Boas – se eles topariam o desafio. O que foi prontamente negado. O Boechat até ficou vermelho. Não se sabe se foi de vergonha por não saber ou mesmo pela brincadeira do colega...

O interessante é que isso só se fala nas épocas de comemorações ou datas cívicas que estão, a cada dia, menos cívicas, menos importantes para o brasileiro.

Segue a letra do Hino retirada do site da Presidência da República.

HINO NACIONAL

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

 

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

 

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

 

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

 

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

 

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

 

Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."

 

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

 

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

 

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

 

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada 
Música: Francisco Manuel da Silva

Atualizado ortograficamente em conformidade com Lei nº 5.765 de 1971, e com
art.3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal. em 29.12.1943.

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